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Emudecido no tempo,
Pairando aos quatro ventos,
A sensação do momento
É uma prévia em pulsação.
Tem zigue-zague nas ruas
De linhas retas e curvas.
São máscaras e bandeirinhas
De cores em tons de alegria.
Prenúncios que contagiam
O carnaval de magia,
No compasso da folia,
Àqueles que o prestigia.
Dos tempos passados, “entrudo.”
Senhores e escravos brincando.
Tamanho absurdo profano;
Com guerra de frutas e tudo.
O carnaval é do mundo!
E o mundo é composto em pedaços.
Aqui, coubera um tasco.
E sempre choveu no mormaço.
O verão faz cara de inverno.
E as ruas antes cinzentas,
Reluzem tão calorentas…
Em fitas, bandeiras e máscaras.
Tem largos sorrisos nas praças!
Copões, perucas e abraços;
Confetes, espumas e laços;
Bebida quente ou gelada.
No bloco das Carmelitas,
Meninos viram meninas.
E quem não se fantasia,
Com graça, o desfile aprecia.
Na madrugada seguinte,
Os “Foliões para sempre”
Acordam as ruas com gente,
Num pinga-pinga de casas.
Alguns correram pra longe.
Fugiram do canis levale,
Curtiram as trilhas do vale
Ou estão num retiro, mas perto.
A festa é para quem fica, de certo.
Mas todos tem seu espaço.
E eis que no meio do palco
As bandas se manifestam…
O frevo ferve no pátio,
E o banho d’água começa.
A criançada faz festa
E as bandas tocam seu som.
O carnaval de Buíque
É coisa de povo chique,
De gente cheia de pique;
Que pula e tem lá seus chiliques.
Mas sem perder a noção.
Aqui, já é tradição!
A festa engorda o comércio;
E promove um desfile de moda
com tanta gente por perto.
Na quarta-feira de cinzas
Só permanece os enfeites.
Algumas malas partindo…
Alguns amores sumindo…
Lembranças de velhos amigos.
E um até breve, vazio.
Enfim, sem mais nem menos…
Despedidas dissolvem as rimas.
Finda-se o carnaval buiquense
E surgem promessas vindouras
Daquele breve retorno.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_separator color=”mulled_wine”][vc_column_text]Autor: Paulo César Barmonte.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
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